Sunday, October 01, 2006

Peculiar

O que não davas por mais uns centímetros
Para conseguires lá chegar?
Passo os dias a tentar,
Mas estes voam como moedas nos parquímetros
E começo a sentir-me num beco sem saída,
Sem explicações ou soluções
Para a constante razão perdida…

Se dependesse de mim, estaria construído
Um bonito castelo, com total equipamento
Mas continuo na posição de arguido
E sem fundamento!
Eu quero com todo o querer,
Tanto que já desconfio do meu ser:
“Tinhas aí tanto, como conseguiste esconder?”

Porquê pôr freio em algo tão natural?
Acredito nessa pureza,
E que se for alterada
Perde o seu carácter excepcional,
Toda a exclusiva riqueza
Com a qual até a minha pessoa fica admirada.

escrita com a artéria pulmonar, a que faz o puto respirar...

1 comment:

Fauno said...

... relações entre as pessoas, são como as grandes rochas na alta montanha... umas fortemente soldadas ao corpo do monte, outras em posições precarias... umas rolam até ao sopé da montanha, levando tudo atrás, outras ficam lá no alto, presas naquilo que por vezes parece ser um equilibrio impossivel...

Como podes tu descobrir se a rocha onde pousaste é firme para construir o ninho...ou se irá resvalar e levar-te com ela numa sofrida viagem? Eu não sei... não sou engenheiro... digo-te que é uma questão de fé... compreensão, insistência quanto baste, e amor, por ti e por ela...

Agora para concluir, nem um rei louco construirá o seu castelo num lugar que já lhe tenha provado instabilidade...tentas uma...tentas duas... mas meu amigo, altura chega em que deverás pegar nas madeiras e ferramentas e levar o teu sonho para outro lugar... nem tudo o que é arduo de conseguir vale a pena na vida de um mortal... e montnahas há por ai muitas...