Saturday, October 14, 2006

Ciclo

No meu pequeno mundo,
Onde pareço ser desconhecido,
Tudo muda a cada segundo
E faço sempre com que pareça destemido...
Mal eles sabem o medo que tenho sentido.
Sinto-me tao perdido
Como uma casca de noz,
Tantas vezes me falha a voz...
Recorro sempre à escrita, a sós,
Na tentativa de me entender
Mas a conclusão a que consigo aceder
É apenas à de que a vida é complicada
Quanto a mim, muitos têm a mente parada
Ao rejeitarem a base de qualquer ser humano
Julgo o amor como soberano
E dói ver pessoas chegadas
Separarem-se sem o mínimo de certezas
Apercebo-me que estão alteradas
E serão fáceis presas!
Fora do meu cubículo
Tudo muda no meu curriculum...
Tem sido este o meu ciclo.

Sunday, October 08, 2006

Teses

Teorias de robusto fundamento
Nada explicam sobre o sentimento
Que nos faz comer sal
Quando a sede é o pior mal.

a determinação do puto nem sempre o deixa enxuto

Sunday, October 01, 2006

Peculiar

O que não davas por mais uns centímetros
Para conseguires lá chegar?
Passo os dias a tentar,
Mas estes voam como moedas nos parquímetros
E começo a sentir-me num beco sem saída,
Sem explicações ou soluções
Para a constante razão perdida…

Se dependesse de mim, estaria construído
Um bonito castelo, com total equipamento
Mas continuo na posição de arguido
E sem fundamento!
Eu quero com todo o querer,
Tanto que já desconfio do meu ser:
“Tinhas aí tanto, como conseguiste esconder?”

Porquê pôr freio em algo tão natural?
Acredito nessa pureza,
E que se for alterada
Perde o seu carácter excepcional,
Toda a exclusiva riqueza
Com a qual até a minha pessoa fica admirada.

escrita com a artéria pulmonar, a que faz o puto respirar...