Saturday, June 24, 2006

Conceitos

Diferenças nítidas entre conceitos
Levam-me a afastar preconceitos.

Medo e respeito,
Onde estará a ligação?
O segundo aceito,
O primeiro não.

Porque não há que temer
Mas enfrentar o defeito
Sem ser de peito feito
É ferida aberta na certa
Já que não vamos com tudo o que somos!
Mais tarde vamos querer ser o que fomos.

Cada vez mais surge conexão
Entre fidelidade e determinação
Porque a essência desta relação
Não é mais do que evitar a traição
Do feeling para com a atitude
Para que o cenário ao teu gosto mude!

Por outro lado, nunca cometi o erro primário
De confundir gratidão, sentimento nobre
Com o sentimento de dívida, algo tão pobre…
Muitas vezes atento ao vocabulário
Exactamente para distinguir
Que quando ajudo, gosto do que vou sentir
E quando pago, faço-o sem sorrir!
São estados diferentes, contrários
Em mim, sempre com distintos horários

Adoro a sensação de estar a ajudar algum dos meus
Sem nunca pensar na estatística
Não quero ser Deus dos ateus
Quero promover uma mística
Capaz de unir o meu agregado
Junto do qual estou aconchegado.
E nele aplico tudo o que acredito
Sem hesitar deposito
O forte carinho expedito.

Cigano fiel às ideias que tem no rótulo, não abdica das suas crenças
viciado em divulgá-las e até fazê-las ressaltar dos textos

Saturday, June 10, 2006

Umbigo

Com régua de 10 polegadas
Consigo medir populações em massa
Parecem pessoas desorganizadas
Mas têm estratégia forte de caça
Sempre na base de pisar o que se segue
A mim, antes que isso me pegue,
Resta-me cultivar a vacina
Encarando a literatura como morfina.

Falo do conceito de mesquinhez
Quase sempre associado à estupidez
E individualismo…
Continuo a não saber lidar com esse egoísmo
A não ser abandonar aquele espaço
E vir reflectir sobre o próximo passo!

É a velha história
Da qual nunca me falha a memória,
De sentir que não está justo
Entre o que se dá e o que se recebe…
E embora tente perecer sempre robusto,
De vez em quando lá se percebe
Que estou mais ferido
E apoio? Nada! Fico fodido!
Parece que desaperece a sensibilidade
E olham só para o seu umbigo,
Encarando, por vezes, o antigo amigo
Como o pior inimigo
Só com o intuito de se superarem…
Mas não percebem
Que não estão a promover a sua promoção
Mas a contribuir para baixar a qualidade da competição
E um dia isto será uma selva
Onde quem manda é a hiena e não o leão!
Não tem sido de nada fácil resolução
Lidar com tanta presunção
Que vejo nos 360º…
Quando chamo à atenção
Fico logo do lado dos “maus”
Só por querer mais união
Entre a minha pessoa e um grupo restrito,
Porque sou selectivo,
Não são muitos a quem dou o incentivo
Mas mesmo esses parecem mostrar atrito
Ao sentimento de solidariedade e entreajuda!
Se lhes pedes sacrifício, Deus no acuda,
Arranjam logo 1001 afazeres,
Colocando prioridade nos seus pequenos prazeres,
E cagam bem na tua situação.
Não lhes custa a negação
Mesmo que seja para comer…
São capazes de referir o trabalho como tua refeição.

PEqueno Cigano, em introspecção... Coesão, valor difícil de preservar.

Monday, June 05, 2006

Pedagogia

Não ocorre por osmose
É bem delicada na medição de dose
É uma terapia para quem gosta de praticar
Sentir que está a contribuir para formar
Ensinar, no sentido obrigar a questionar
E não promover o seguir da receita
Porque na verdade esses não vão estar aptos
Para a selva de mentecaptos
Que vão encontrar bem mais cedo do que julgam
Porque há pessoas que nunca mudam…

Não tive dúvidas em escolher
A pedagogia como ciência de eleição
E julgo já nada temer
No que a desafios diz respeito
Com o conhecimento quero ter óptima relação
E para isso, visto a personalidade a preceito
Convivo abertamente com aqueles que admiro
Mostro-lhes que são alvo de admiração
E com eles evoluo como pedagogo que ambiciono ser
Julgo já nada temer
Na transmissão do saber…
Agora só quero ver os caminhos, e escolher
Aquele que me leva ao melhor conhecer.

Continuo a achar que esta é a melhor profissão
Para quem quer promover o processamento de informação.