Tento juntar as peças
Para ver o que me resta
"Esta aqui também não presta"
Sinto-me numa remessa
De bocados estragados,
Por mais esforços esforçados
Que eu tenha,
É sozinho que me configuro,
No presente e no futuro
Porque a mim ninguém me amanha
O chão irregular
Que insisto em pisar.
Novo ano a iniciar
Longe de saber o que me espera.
Só essa incerteza já me altera,
Impossível não me enervar
Com este reboque
De preocupações
Que parece ter um stock
Baseado em milhões!
Não sei que te diga!
"Como é que andas?"
Eu respondo "Bem, sem espiga"
Só para encurtar a resposta
Porque no olhar tu nao mandas
O meu, irrita de tão sincero,
E eu não gosto que a visão oposta
Veja mais que aquilo que eu quero!
Ando na constante e mental trincheira
Escondendo-me, à minha maneira
Já nao tenho força para o mar alto
Por isso nado só aqui à beira...
Para ver o que me resta
"Esta aqui também não presta"
Sinto-me numa remessa
De bocados estragados,
Por mais esforços esforçados
Que eu tenha,
É sozinho que me configuro,
No presente e no futuro
Porque a mim ninguém me amanha
O chão irregular
Que insisto em pisar.
Novo ano a iniciar
Longe de saber o que me espera.
Só essa incerteza já me altera,
Impossível não me enervar
Com este reboque
De preocupações
Que parece ter um stock
Baseado em milhões!
Não sei que te diga!
"Como é que andas?"
Eu respondo "Bem, sem espiga"
Só para encurtar a resposta
Porque no olhar tu nao mandas
O meu, irrita de tão sincero,
E eu não gosto que a visão oposta
Veja mais que aquilo que eu quero!
Ando na constante e mental trincheira
Escondendo-me, à minha maneira
Já nao tenho força para o mar alto
Por isso nado só aqui à beira...
primeiro do ano, escrito pelo mesmo cigano...